quinta-feira, 21 de maio de 2009

11º Alvalade / Porto-Côvo / Alvalade

17 de Maio de 2009

Um ano passou e após uma experiência fantástica em 2008 este ano não poderia deixar de participar neste evento.
A organização esteve novamente ao mais alto nível. A redução do custo da inscrição aliado à oferta do almoço a um acompanhante, a grande variedade de alimentos nos abastecimentos, as sandes de carne assada, as marcações e o percurso em si permitem-me considerar Alvalade, com os seus 11 anos de experiência o melhor evento de BTT em que já participei.
Cerca de 1400 bicicletas encheram a pequena localidade que é Alvalade. Um local onde podemos encontrar amigos e caras já conhecidas de outros passeios. O Zé Manel e o Paulo Marques (primos) já lá estavam mas a maior surpresa foi ver que o Jaime estava lá para pedalar e não para fazer de carro vassoura...como previa na semana anterior em Idanha.
Levantar os dorsais foi extremamente rápido e ainda houve tempo para tomar o pequeno almoço.
Fizemos os ultimos preparativos e às 9h começamos a rolar...muito lentamente, até o pelotão começar a esticar. Nos kms iniciais fizemos um esforço redobrado para ultrapassar umas largas centenas de participantes até arranjarmos espaço para manter o nosso ritmo. Um terreno muito arenoso permitia, através do manto de poeira que ficava no ar ver a distância que os primeiros levavam.
O ambiente em Alvalade é fantástico e para quem não faz a mínima ideia, basta imaginar uma prova de ciclismo onde à passagem pelas localidades somos ovacionados pelos populares. É um verdadeiro dia de festa.
Em termos de desafio Alvalade teve como ingredientes a areia, a Serra do Cercal, a distância (120kms) e o treino do dia anterior que consistiu numa volta de 83 kms com cerca de 1600m de acumulado a uma média de 20km/h...sem poupanças de energia.
Após treparmos a Serra do Cercal iniciamos a descida percorrendo vários kms de single tracks até começarmos a avistar o mar e Porto-Côvo, onde nos esperavam a Isabel, Nuxa e Martim. Fizemos uma breve paragem e fomos em busca do Vitor Gamito (lolololol) que já levava quase 1 hora de avanço. Ainda tinhamos 50kms pela frente, mantivemos um ritmo constante e conseguimos chegar a Alvalade às 15h com 6hrs de tempo real a uma média de 20km/h.
Para mim os ultimos kms foram algo penosos. O motor não anda sem combustível e eu deixei secar o meu depósito...faz parte da aprendizagem. para andar a fundo temos de nos lembrar de comer e beber antes de ser necessário. Valeu ter o Miguel grande parte do tempo à minha frente o que foi um incentivo para não abrandar o ritmo e continuar a superar-me.
Já só faltava o banho e o almoço em família.
Espero que a 12ª edição seja igual ou melhor que esta e mais amigos do Passatempo nos façam companhia nesta aventura.

Nota: O Vítor Gamito fez 4h38 e segundo as palavras do mesmo melhorou 20 minutos em comparação com o ano anterior.
Este ano fiz menos 1 hora que o ano anterior...o que é que isso quererá dizer...
Vitor Gamito
Depois do esforço, o merecido banho


Um abraço
Rui Luz

sábado, 2 de maio de 2009

4ª Maratona Internacional Idanha-a-Nova/Zarza La Mayor

09 de Maio de 2009

Já só falta uma semana para mais um evento recheado de BTT...
A dureza no papel indica 105kms e mais de 2.400m de acumulados de subida...

Dia D.
Após algumas alterações na "estratégia" definida para este evento...partimos por volta das 5h para Idanha, onde chegamos ainda antes das 8h com tempo para o pequeno-almoço e levantamento dos dorsais sem confusões.
Perto das 9h deu-se a falsa partida que nos levou a conhecer os cerca de 3kms de calçada Romana que iríamos fazer no regresso (a subir) já com 102kms nas pernas.
Antes de arrancarmos eu e o Miguel decidimos tentar fazer a prova juntos. O Zé Manel iria com o Zé e o António com o objectivo de usufruir das paisagens/percurso e terminar.

A prova começou forte como é normal. Desta vez não ficámos lá atrás a ver o pessoal andar e fômos lá para a frente andando ao ritmo imposto até onde nos era possível. A certa altura o Miguel achou melhor abrandarmos o ritmo e assim o fizemos pois também ainda estavamos no início.
Os primeiros 40kms do percurso foram mais rolantes com excepção para as 2 ou 3 descidas a pique em que se não dêssemos o devido espaço para o da frente não víamos nada derivado à poeira que ficava no ar.
O meio da prova ficou caracterizado pelos single track's em que a técnica imperava. Aqui os mais tecnicistas levaram muita vantagem. A chegada a subir até Salvaterra do Extremo é durinha mas não se compara com a descida em pedra que se faz imediatamente a seguir sempre com as mãos no travão onde as forças para segurar a bicicleta vão esvanecendo.
Algum cansaço aliado à falta de técnica ou incapacidade para tomar as melhores decisões para o momento poderão ter estado na origem das quedas a que fomos sujeitos (no mesmo sítio)...o Tenente bem que me perguntou se eu não queria ir ao banho!!! Felizmente não houve nenhuma consequência grave e foi-nos possível retomar o percurso com a mesma vontade.

Ao chegarmos a Zarza La Mayor fizemos uma paragem mais demorada (5 minutos) e começamos a ponderar objectivos...chegar nos 50 primeiros...antes das 6hrs...e eu acrescentava recuperar 10 posições pois até ali tinham vindo de trás cerca de 10 atletas os quais eu gostaria de recuperar.

A 2ª parte do percurso tinha menos acumulado de subidas. No entanto tinha 3 subidas muito fortes que fizeram imensos estragos...mesmo assim, fomo-nos aguentando bem até ao final e com o aparecimento de atletas à nossa frente isso sempre foi dando alguma motivação.

Conhecem a célebre frase: O pior não é como começa, é como acaba! Esta prova encaixa-se perfeitamente neste contexto. Fazer os 102 duros kms que fizemos e chegar à mítica calçada romana e conseguir subi-la foi ENORME.
A certa altura quando pensava desmontar porque a Calçada "was killing me" aparece ao meu lado um Espanhol (já conhecido por ter andando na nossa roda uns bons kms sem contribuir para o avanço do grupo) e fiquei a pensar em todo o trabalho que tínhamos feito até ali o que me deu forças para discutir/garantir o lugar e como se costuma dizer...não morrer na praia!

Após recuperarmos um pouco fomos tomar a nossa banhoca e retomamos à meta para ver chegar o Zé e o Zé Manel...o António tinha caído e um golpe no queixo valeu-lhe 3 pontos. Felizmente mais tarde pudemos constatar que ele estava "bem".

Almoçamos e fizemo-nos à estrada para fazer uma breve paragem nas 24hrs de Castelo Branco onde fui deixar o meu contributo para as Maratonas Solidárias. Um projecto de António Girão, professor de Português que aos 50 anos está a tentar fazer chegar alguma ajuda a quem precisa, especialmente as crianças. Com a oferta de alguns produtos de higiene pessoal.

Se quiserem poderão contribuir para esta causa nos dias 13/14 de Junho nas 24hrs de Monsanto.

Os nossos tempos entre 313 classificados a concluir o percurso:
PosNomeClubeFrontalTempo
1Jose Antonio Carvalho Da SilvaBTTRILHOS1604:16:57
42Rui LuzPassatempo Bike Team38005:50:27
44Miguel PaisPassatempo Bike Team38705:51:32
170José Costa SantosPassatempo Bike Team36007:52:26



Um abraço e até Alvalade/Porto-Côvo/Alvalade
Rui Luz